Vamos?

"A" Ginginha, Covilhã 2010

Um dia...

Alguem disse um dia, que por vezes duas pessoas têm, a necessidade de se separar, para depois se juntarem com mais força. Na altura, dúvidei, agora tenho a certeza que pode ser verdade.

Não pares.

Paramos demasiadas vezes. Paramos por tudo e por nada, sem que nada nos impeça de amar, sem nada que nos impeça de sorrir quando queremos, chegamos até ao ridículo de evitar não rir, ou de complicar o que é fácil. Não fazemos amor porque temos tempo, fazemos sexo, porque há tempo para o amor. Paramos em stop´s, em filas, paramos em frente á televisão. Por vezes temos vontade de dar a mão, e recolhemos a mesma mão com orgulho.
Não parem. Não parem tantas vezes.Porque um dia, tudo muda, e já não podemos fazer as mesmas coisas, com as mesmas pessoas.


Hoje uma palavra me ocorre mais que todas: Esperança, porque não podemos perder só os bons, muita esperança!

Fim de ano

Este ano, hei-de vestir um vestido preto com lantejoulas na passagem de ano, e combina-lo com uns sapatos pretos tão altos quanto consiga. Comprar maquilhagem dourada, e pular á meia noite.


pular
pular
pular

Não são isso, são pessoas!

Sei perfeitamente porque escolhi Psicologia. Gostava de pessoas.Adorava todas as pessoas pela sua diferença, por tantas semelhanças, achava tão interessante as suas rotinas, a forma como falavam, ou mesmo como cantavam ou dançavam. Achava o máximo uma serem conhecidas e tão tolinhas, e que pessoas tão humildes fossem por vezes tão cultas. Gostava de saber como umas cantavam tão bem, e outras que quase arrepiavam com a voz, e mais, ficava (ainda fico), horas calada a ver pessoas tão diferentes em locais com muita gente. Conseguia percebe-las, entender o seu fundo por vezes, até as mais maníacas, as mais engraçadas ou irritantes.
Gostava de gente, porque as pessoas ás vezes caiam numa simplicidade apaixonante presente em crianças, entidades paranormais ou sobrenaturais não me interessavam minimamente, achava e acho que só algo muito incrivel como os seres humanos conseguem perder capacidades como andar, ou falar e continuar com a mesma força de viver, ou então ter uma doença cruel e avassaladora que os faz sofrer e lhes leva metade do que eram, e conseguem continuar a viver com a mesma esperança.
Falo no passado, não porque já não me interesso por pessoas, mas porque a minha escolha talvez fosse diferente agora, vir para Psicologia, não é, sei hoje apenas gostar de pessoas. E afinal era o que eu gostava, mas podia te-lo feito em Design de Moda, e ser feliz com a minha escolha, e ainda tornar-me tão original talvez como eles, e continuar a gostar de pessoas.

Viajar

Viajar: Não é vir para a Covilhã, e da Covilhã para Trancoso.Viajar é outra coisa.

Medo

Nos últimos dias, arrisco até a dizer semanas, tenho a sensação que não trocaria a minha vida. Quer dizer, era capaz de trocar por uma semana, com alguém altamente interessante, não refiro aqui as possibilidades, porque se assustariam com a minha mente.:)
Tenho para mim, que ás vezes pedimos de mais.Há pessoas que num acto de ousadia  e alguma audácia, conseguem gritar, que não têm medo.Eu vou-me contentando com o facto de a minha almofada já não me berrar tanto, consigo deitar-me e adormecer, sem ouvir inquietações e possibilidades, tendo presente que algum conforto me espera.


Sim, se calhar devia ter mudado de almofada, desconfio que seja um problema que só eu tenho!

Constatações IV

Até os monstros precisam de amigos.

Leva-me contigo

Tais questões

Madrinha, posso fazer-te uma pergunta?
Diz amor
Somos obrigados a ir á escola se a amiga que mais gostamos não nos falar?
Sim querida, temos de ir e tentar resolver as coisas, sim?Tens de falar com ela, e vais ver que fica tudo bem.

...
Na verdade, não devíamos ser obrigados a ir a escola se a nossa amiga não nós falar, se a nossa amiga não fizer os trabalhos que era suposto fazer para termos boa nota as duas, nem devíamos ter de sair de casa se o nosso namorado não nos compreende, ou mesmo se estamos demasiado tristes para enfrentar, na verdade, não devíamos querida.

Sobre o tempo

O tempo passou.Desde então.O jardim da Covilhã, que antes entoava gritos de superiores aos caloiros, está agora coberto de folhas de Outono e o frio, faz com que as pessoas só nele passem sem parar. O tempo passou. Faço viagens dispersas, e este fim de semana pego na minha maquina fotográfica outra vez, depois de a ter deixado por achar que de momento nada tinha a beleza necessária, e de ter imaginado fotografar paisagens que agora vejo e quero muito ter.
Agora as luzes de Natal começam a aparecer, e as musicas dão uma misticidade ás ruas que antes não tinham.Acabo de perceber, que o tempo, jamais pode ser vão, já que também o tempo perdido nos envelhece. O mesmo tempo que cria afectos, desfaz laços. 
Talvez seja por isso, que de vez enquando sinto uma grande necessidade de ir a lugares que nunca fui, esquecer-me de coisas que vivi, e o mais importante, não passar o tempo todo a pensar que o tempo está a passar.
Não tenho escrito por isso, porque ás vezes, precisamos de ver uma quantidade de dias passar, para podermos dizer que tudo já foi a tempo de mais.
E precisava sem duvida, de perceber que o tempo também passa, quando estou triste, e esse tempo, é sem dúvida perdido.

Dentro de mim

Dias há, em que me encosto á parede, e com os olhos fechados e explodir de lágrimas, digo para mim: Não podes, porque não é o momento de seres fraca, não podes chorar agora.E as lágrimas lá ficam, evaporam outra vez para dentro de mim.

Crime

Ontem ficamos a falar. E até eu que nunca falo, falei. De como tinha sido a primeira vez, sim essa. De com quem tinha sido. E em que estado estava o meu coração. A verdade é uma, estou constipada, as vezes penso que não só eu, e o meu corpinho, acho que tudo em mim apanhou um resfriado, e não pode sobre pena alguma sair de mim, para dar os ares da minha insegurança.
È estranho, mas a verdade é que todos os corações têm cadastro, e eu serei sempre o passado de alguém.È tão estranha a forma como me esqueço de mim, para lembrar os outros. Deixando o coração em -standby- , um dia eu acordo dessa dormência, e não quero que seja já, quero ter a certeza que o meu coração, a ter cadastro, o tem limpo, e não é criminoso algum, desses que ficam presos a quem não querem, a quem não amam.


Deftones | Sextape from ZF FILMS on Vimeo.

Destroços

Nunca deixes que ninguém abandone tudo por ti, nunca deixes tudo por ninguém. Como uma acto repentino e corajoso, mas insensato. Porque sei que o amor, por vezes deve ser lento, compassado e doce. Deve construir-se, e ser alvo de encanto. Porque quando o a razão deixa de existir, estala, solta fagulhas e pode até magoar alguém.Deixa que a paixão fique e se instale, deixa a tua mão pressionar o coração e perceber há quanto tempo lá mora o que sentes. Porque o que é teu, a ti voltará, e teu será.

Constatações III

Não há que confundir. As despedidas que sabemos que serão para sempre, tem outro sabor daquelas que sabemos que serão até um dia.
Umas levam-nos a alma, roubam-nos parte de nós, trazem-nos mais desgostos do que os que já temos, as outras trazem-nos a esperança.

Amores

Estou rodeada de amores mornos.Assim, assim.Nem frio nem a escaldar.Não dão valor ao tempo, quando eu só queria uma hora para provar que o amor, é que importa.E que o gostar chega e sobra. Vejo-os então a segurar o tabuleiro da cantina, tão mornos, nada crentes, lado a lado. Como uma bengala.Vejo-os lado a lado, mas tão distantes no final.Aqueles que dizem estar com quem estão por os amar. Se fosse assim.