Não são isso, são pessoas!

Sei perfeitamente porque escolhi Psicologia. Gostava de pessoas.Adorava todas as pessoas pela sua diferença, por tantas semelhanças, achava tão interessante as suas rotinas, a forma como falavam, ou mesmo como cantavam ou dançavam. Achava o máximo uma serem conhecidas e tão tolinhas, e que pessoas tão humildes fossem por vezes tão cultas. Gostava de saber como umas cantavam tão bem, e outras que quase arrepiavam com a voz, e mais, ficava (ainda fico), horas calada a ver pessoas tão diferentes em locais com muita gente. Conseguia percebe-las, entender o seu fundo por vezes, até as mais maníacas, as mais engraçadas ou irritantes.
Gostava de gente, porque as pessoas ás vezes caiam numa simplicidade apaixonante presente em crianças, entidades paranormais ou sobrenaturais não me interessavam minimamente, achava e acho que só algo muito incrivel como os seres humanos conseguem perder capacidades como andar, ou falar e continuar com a mesma força de viver, ou então ter uma doença cruel e avassaladora que os faz sofrer e lhes leva metade do que eram, e conseguem continuar a viver com a mesma esperança.
Falo no passado, não porque já não me interesso por pessoas, mas porque a minha escolha talvez fosse diferente agora, vir para Psicologia, não é, sei hoje apenas gostar de pessoas. E afinal era o que eu gostava, mas podia te-lo feito em Design de Moda, e ser feliz com a minha escolha, e ainda tornar-me tão original talvez como eles, e continuar a gostar de pessoas.