Todos nós, temos um período em que a destruição é evidente, que a desorientação e o medo se apoderam de nós, mas esse período não tem, na minha vida, direito a ser longo, chora-se, respira-se e volta-se a sobreviver.
Eu constatei que...
Os pensos higiénicos na mercearia da aldeia dos meus avós, estão escondidos, tapados e fechados a sete chaves.
Sobre o Natal...
Sobre o Natal tenho a dizer que a vida é uma doce escolha. Podemos ignorar o que temos ou aproveita-la para nosso próprio bem.
Oferecemos um lenço á minha avó, para levar á missa.Ela deu-nos uma Hello kitty de peluche, cara como os cães.O Natal não serve para nos lembrarmos de quem esquecemos o ano inteiro, porque é nesta altura, que provavelmente teremos mais afecto e menos precisamos que se lembrem de nós.
Tenho para mim que este foi o menos fútil dos Natais da minha vida. Espero que a vossa felicidade merecida tenha chegado até vós.
Nem o vento...
"Deixaste-me, ao vento, como um barquinho de papel, no sitio mais alto e mais ventoso que possas imaginar, e quando lá voltas-te, lá estava eu, nem o vento, nem nada me levou..."
Digam-me até quando...
Vesti exactamente a mesma roupa que tinha naquele dia, com todos os acessórios, com a mesma maquilhagem, na esperança de fazer o momento passado banal. Ou então na esperança de te ter perto. Não estarei eu sempre perto, mesmo quando corro até me cansar e desistir, e mesmo que tantas vezes eu tente percorrer, o caminho de vinda desamparada e leve, sem nada.Quando o de ida ao teu encontro me arrebata, me destrói, e leva de mim o que de melhor há.
Não corras atrás de quem foge, eu sei.
And I can barely look at you
But every single time I do
I know we'll make it anywhere
Away from here
Hoje...
Levamos uma senhora ao continente que nos pediu ajuda e já era velhinha.
Conseguimos perder dois autocarros seguidos.
E já no autocarro, uma rapariga ao nosso lado disse para a AMIGA: "Tens o nariz de plasticina? È que está meio deformado".E uma senhora que perguntou ao motorista se ainda chegava a tempo do jantar : )
De tanto nos rirmos um senhor virou-se para trás e disse "Tomem lá dois porta chaves", que dizem: "Mãos no ar este carro foi roubado!"
Pronto é tudo!
A amizade
Eu tenho uma profunda admiração pelas pessoas a que chamo de amigos, não são só pessoas que conheço, são pessoas que conheci, um dia, e que decidi atravessar uma barreira que crio em torno de mim.
O meu conceito de amizade, é diferente do que era há uns anos, hoje perder um amigo, perder um amigo de qualquer uma forma, leva de mim uma parte que nunca mais voltará, como se fragmentasse algo que encaixa em mim com todo o sentido, em plenitude. Sou portanto dependente de um conjunto de pessoas, que não consigo ver longe.
Nunca perdi amigos, que escolheram partir livremente.
Porque quem parte das nossas vidas, por fiel vontade, não passa de alguém que um dia esteve confortável na nossa vida, mas quando teve uma certa comichão se pôs a andar.

Hoje, sinto que alguém me recompensou, abençoou, gratificou por tudo. Tenho o privilégio de ter ao meu lado um núcleo perfeito e firme. Porque eu mereço, porque estas pessoas a que chamo amigos, merecem.
O mais engraçado, é que não consigo perdoar amigos, jamais perdoaria, porque o meu conceito de amigo é tão encantador, que é crime não o corresponder.
A amizade não vai e volta, a amizade, ou vai e não fica, ou fica e não vai.
Viajar
Gosto tanto quando eu e a M., planeamos viagens, como se viajássemos com o pensamento, imaginamos os sítios onde iremos, quantos dias ficaremos, e contamos vestir-nos a rigor, num dos dias para jantar num sitio mágico, imaginamos a comer uma pizza napolitana e logo de seguida um filé a proive. Itália e Paris, um dia, aqui vamos nós.
Más pessoas
Não acho que as pessoas extremamente arrogantes, sejam todas más pessoas, muitas esforçam-se apenas demais para levarem os outros a um nível de desespero óptimo, e conseguem. Outras são tão bem sucedidas, que ficam um bocado mais ao lado, no ridículo.
Puro esquecimento
Estou sempre a esquecer-me de coisas, a perde-las.A perder-lhe o rasto, para nunca mais as ver, ou então a encontra-las em sítios óbvios. Perco sempre o telemóvel na mala, e depois quando vou a atender já é tarde de mais, esqueço-me, dos meus chapéus de chuva coloridos, ☂☂☂e perco aqueles que já estão velhinhos, e que uso como estratégia para que ninguém lhes pegue, até me esqueço por vezes, de aulas (a fingir), perco sempre a caneta com que escrevo, e quase todas as semanas compro uma caneta nova, uma de ponta fina, porque já não gosto da de ponta fina que usei no ultimo mês, até do meu querido batoon do cieiro me perco, e de aniversários, mesmo que diga ás pessoas nesse mesmo dia que as adoro.
Não me lembro sempre.
Mas agora esqueci o meu grande amor, isto sim, me preocupa.
Complicamos de mais.
Complicamos de mais. Tenho a certeza. Nós gostamos de nos envolver em porquês, em ficar a olhar para o lado, em ficar a olhar para quem passa, e mais, quando alguém por algum motivo não quer ficar, somos capazes de esperar (...)
Sei que daqui para a frente, os perdões estão dados. Por isso se até agora não contactado, não foi contemplado, lamento.
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