Contentar

Estava no mesmo sitio de sempre, no lugar em que cresci, aquele a que mais tarde ou mais cedo, tornara depois de meses, tinha nas mãos uma coisa doce, cheia de açúcar derretido, estava perfeitamente lambuzada, estérica com aquilo, até que o telemóvel ficou pegajoso, disse para mim e para quem quisesse ouvir "fodasse para isto, fodasse para a minha vidinha!", depois peguei naquilo e comi, lambi os dedos, e ainda me ri, ri até a barriga doer, ri até não poder mais, com lágrimas a cair, de um maquiavélico contentamento,