Perdoar, não é amar

Sinto o fumo do tabaco nos olhos á tempos, só não o sentia entranhado como naquela altura, quase que te pedi, para parares de fumar, algo psicológico em mim, me dizia que era a chave mestre para te dizer, que te desarmasses.Com paciência, repetis-te tudo o que vens repetindo ao longo dos anos e eu me tenho sentido grata por não ouvir, e depois com alguma imprevisibilidade (ou não), repetis-te baixinho "Tens frio?", lembro-me de me corroer por dentro, e responder entre dentes, "claro que sim!", eu tenho sempre frio, á vinte e um anos que o frio é uma constante, e tu só reparas-te agora, mas eu perdoei, perdoei isso, e todos os lapsos e esquecimentos, estás perdoado, tu  e todos. O mal está planeado, está feito, e veio para ficar. Perdoei-te há um mês atrás, por isso não abuses, não te aches no direito de fazer perguntas óbvias.